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Organomas são, a rigor, uma tentativa de desenhar a minha cabeça por dentro. Digo, organicamente. São escuros e complexos, como escuro (tecnicamente falando) e complexo é o interior de nossas cabeças. O processo se inicia sempre com um desenho a lápis ou esferográfica. Uma vez digitalizado, uso os softwares (geralmente, Photoshop ou Fractal Design Painter) para extrair o DNA das imagens e criar mutações. É fantástico poder usar códigos binários para criar formas absolutamente orgânicas; o resultado é algo que se aproxima do expressionismo abstrato, embora eu seja um tanto avesso a classificações desta ordem. Mas o segredo é deixar ao espectador que ele veja o que queira ver; não defino nada. Sei o que vejo, mas o meu olhar é diferente de todos os outros olhares, que por sua vez são todos diferentes entre si. E aí reside a graça da coisa – vejam o que quiserem ver. As imagens foram concebidas em grandes dimensões, e existem em grande número, mas creio que se é possível visualizá-las através destes (alguns) exemplares em seus tamanhos reduzidos.

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